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PREPARAR A MINHA CONFISSÃO

«O Filho do Homem tem na Terra o poder de perdoar os pecados»

 

Jesus disse ao paralítico: «Homem, os teus pecados estão perdoados».

Os escribas e os fariseus começaram a murmurar, dizendo: «Quem é Este que diz blasfémias? Ninguém pode perdoar os pecados, senão Deus somente». Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «(…) O Filho do Homem [isto é, Jesus Cristo] tem na terra o poder de perdoar os pecados». Lc 5, 20-22.24

 

«Àqueles a quem perdoares os pecados ser-lhes-ão perdoados»

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana [que era o dia da Ressurreição] estando os discípulos em casa com as portas fechadas (…) Jesus veio colocar-se no meio deles. (…) Soprou sobre eles e disse-lhes:

«Recebei o Espirito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados, a àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos» Jo 20, 19.22-23

 

«Àqueles a quem perdoares os pecados ser-lhes-ão perdoados»

Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade. (…)

«Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas se alguém pecou, temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo.» 1 Jo 1, 8-9; 2,1

 

 

 

É constituído pelo conjunto de três actos da parte do penitente, e pela absolvição por parte do Sacerdote.

Os actos do penitente são:

  1. O arrependimento, ou contrição;

  2. A confissão ou acusação dos pecados ao Sacerdote;

  3. O propósito de cumprir a reparação e as obras de reparação.

Só os Sacerdotes, que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver, podem perdoar os pecados em nome de Cristo.

Do catecismo da Igreja Católica, cfr. 1491 a 1495

Aquele que quer obter a reconciliação com Deus e com a Igreja, deve confessar ao Sacerdote todos os pecados graves que ainda não tiver confessado e de que se lembre, depois de ter examinado cuidadosamente a sua consciência. A confissão das faltas veniais, sem ser, em si, necessária, é todavia vivamente recomendada pela Igreja.

Do Catecismo da Igreja Católica, 1493

                                                                                                                     

1. Assim, começo por fazer o

 

I.   Há quanto tempo me confessei?

     Disse ao confessor todos os meus pecados graves, ou deixei dizer

     algum de que me lembrava, por medo ou vergonha?

 

II.   Examino o cumprimento das minhas obrigações para com Deus?

  • Faltei à Missa algum Domingo ou Dia Santo de Guarda?

    Quantas vezes?

  • Deixei algum dia de rezar?

    Recebi algum Sacramento (o Crisma, a Sagrada Comunhão, o Matrimónio) sem estar na graça de Deus? Alguma vez neguei a fé verdadeira, chegando a afirmar-me ateu, ou agnóstico? Nego ou ponho em dúvida alguma verdade revelada por Deus? Revolto-me contra Deus nas minhas tribulações?

  • Calei a minha fé em ocasiões em que tinha obrigação de dar testemunho, levantando a voz em defesa dos mistérios divinos, da Santa Igreja ou dos preceitos da moral cristã? Se alguma omissão me parece mais grave, contá-la-ei ao Sacerdote.

  • Pratiquei ou aconselhei algum acto de superstição, de bruxaria, ou outras práticas proibidas pela Igreja?

    Sou supersticioso? Pratiquei a magia, o espiritismo ou fui à bruxa? Pratiquei a adivinhação através da astrologia, do jogo do copo, do pêndulo, das cartas do tarôt, da leitura da palma da mão ou coisas semelhantes? Acreditei em horóscopos?

    Usei amuletos como a ferradura, o corno, os cristais ou coisas semelhantes?

    Usei coisas, li textos, ou ouvi músicas que invocam explicitamente o demónio?

    Procurei noutro lugar a Salvação que só Jesus Cristo pode dar, através da Santa Igreja e dos seus Sacramentos? Cheguei a considerar-me membro de outra comunidade, cristã ou não cristã, cometendo assim o pecado de cisma, heresia ou apostasia?

  • Procurei aprofundar a minha pertença à Igreja, participando das actividades paroquiais ou de algum movimento ou obra apostólica?

  • Procurei a formação cristã e a catequese adequada à minha idade e formação?

    Ou pelo contrário tenho-me afastado da vida da comunidade cristã, vivendo a minha religião de uma forma individualista, sem me preocupar com o crescimento da minha fé?

  • Contribuí para as necessidades da Igreja, com as esmolas justas e possíveis?

    Cumpri as minhas promessas e votos?

    Guardei jejum e a abstinência prescritos pela Igreja?

     

III.   Faltei à justiça ou à Caridade para com o próximo?

  • Como Filho, cumpri com os meus deveres de amor, respeito, gratidão e obediência justa para com os meus pais, e sendo necessário, de ajuda e amparo?

  • Como marido ou mulher, guardeia a fidelidade no matrimónio e cumpri com as minhas obrigações de ajuda mútua, diálogo e partilha de vida do casamento?

  • Como pai ou mãe, educo ou eduquei os filhos com amor e firmeza na obediência à Lei de Deus e na pertença à Igreja? Respeitei os superiores temporais e espirituais?

  • Cometi alguma falta contra os direitos sagrados da vida: homicídio, aborto, eutanásia, violência contra os outros, suicídio tentado ou planeado, uso de drogas, abuso de álcool, condução imprudente sistemática, riscos desnecessários e excessos tomados por aventureirismo ou bravata, ou outra qualquer acção que represente violação do 5º Mandamento de Deus - «Não matarás».

  • Guardei a castidade? Consenti em maus pensamentos? Participei

      em conversas indecentes? Pratiquei alguma acção grave contra

      castidade (masturbação, relação sexuais fora do casamento, leitura

      audição ou visionamento de material pornográfico, práticas

      homossexuais)?

  • No namoro, tenho pedido a ajuda da graça de Deus para levar por diante uma relação pura?

  • No casamento, peço a ajuda da graça de Deus para ser fiel e obediente aos ensinamentos da Igreja sobre a regulação dos nascimentos?

  • Apropriei-me indevidamente de algo que não me pertencesse?

      Fui cumpridor no pagamento de dívidas? Devolvi as coisas   

      emprestadas, ferramentas, utensílios, roupas, livros?

      Trato de maneira honesta e responsável a questão  dos meus  

      impostos? Danifiquei com culpa ou tratei com desleixo os bens  

      alheios ou comuns?

  • Tenho sido cumpridor dos meus deveres profissionais, trabalhando esforçadamente e obedecendo às indicações legítimas dos meus superiores?

  • Se sou patrão ou dirigente, tenho sido justo com os meus subordinados,  tratando-os com respeito e pagando-lhes o justo salário?

  • Como estudante, cumpro as minhas obrigações, estudando com afinco e prestando provas com honestidade?

  • Falei sempre a verdade?

      Prestei falso testemunho em juízo? Enganei os outros,

      prejudicando- os?

  • Caluniei alguém? Ou, mesmo que não mentindo, disse mal de alguém sem verdadeira necessidade?

 

 

Lembro-me de mais algum pecado?

 

 

2. Terminado o exame de consciência, ajoelho-me e rezo a

 

Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palvras, actos e omissões, por minha culpa, minha tão grandde culpa.

E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a vós irmãos, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.

 

3. Dirijo-me então ao Sacerdote e confesso os meus pecados.

Depois, escuto com atenção e humildade os seus conselhos e exprimo o meu arrependimento e propósito de reparação dizendo o Acto de Contrição:

 

Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido e, com o auxílio da Vossa Divina Graça, proponho-me firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita Misericórdia. Amen.

 

4. Depois, o sacerdote dá-me a absolvição.

Saindo do confessionário, cumpro o mais brevemente possível a obra de reparação que me foi imposta. Se se trata de algumas orações que devo rezar, faço-o antes de me retirar da Igreja.

        

****

 

Jesus manso e humilde de Coração,

fazei o meu coração semelhante ao Vosso.

SACRAMENTO DA PENITÊNCIA OU CONFISSÃO

EXAME DE CONSCIÊNCIA

CONFISSÃO

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