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SÃO JOSÉ E A SANTIDADE NO SILÊNCIO


19 de Março dia de S. José

O quanto fala alto o silêncio da vida de São José, escondida aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus.

Pouco diz a Sagrada Escritura sobre a vida do pai nutrício de Jesus, São José, cuja solenidade é celebrada hoje pela Igreja universal. Ela limita-se a citar a sua genealogia, o fato de que era "justo", o sonho no qual recebeu a visita de um anjo, a sua profissão e a paternidade que ele verdadeiramente exerceu junto de Jesus. Nada mais. E, se isso pode levar algumas pessoas a desprezar o valor e a virtude desse grande santo, é porque não consideraram o quanto fala alto o silêncio de uma vida oculta aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus.

É importante considerar, em primeiro lugar, a grandeza dos bens que Deus colocou nas mãos de São José, para apreciar com justeza o valor de seu escondimento. A providência quis que esse homem fosse depositário fiel da virgindade perpétua de Maria Santíssima, sua esposa; do Menino Jesus, o próprio Deus feito homem; e – não fossem os dois o bastante – do segredo da encarnação do Verbo. Uma vida toda passada ao lado de Jesus e Maria e tão poucas palavras ditas a seu respeito, nenhuma palavra saída de sua boca... Como isso é possível?

A virtude que teve São José, desprezando as glórias humanas e escolhendo como única testemunha a palavra de Deus talhada em sua consciência, deve animar-nos a fazer o mesmo: ter em pouco caso o parecer das pessoas, para receber unicamente de Deus, "que vê o escondido", a recompensa. " Que os homens jamais falem de nós, contanto que Jesus Cristo fale um dia" (Jacques Benigne Bossuet. Panegírico de São José).

A santidade no escondimento é possível: eis a grande lição de São José. Como ensinou Paulo VI, ele "é a prova de que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam 'grandes coisas', mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas" (Omelia nella Solennità di San Giuseppe, 19 marzo 1969). Toda a perfeição cristã está na obediência.

"Se todos não podem ter a honra de pregar Jesus Cristo, todos podem ter a honra de obedecer-lhe". Se nem todos podem ter a honra de atravessar terras e mares para anunciar o Evangelho aos quatro cantos do mundo, se nem todos receberão de Deus a coroa do martírio, todas as pessoas, sem exceção, podem obedecer a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas: "ainda que, na Igreja, nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são, contudo, chamados à santidade" (Concílio Vaticano II, Constituição dogmática Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, n. 32).

“Se todos não podem ter a honra de pregar Jesus Cristo, todos podem ter a honra de obedecer-lhe, e esta é a glória de São José e a grande honra do cristianismo.” (Jacques Benigne Bossuet. Panegírico de São José).

Glorioso São José, rogai por nós!

Adaptado de “São José e o amor da vida escondida” in Equipe Christo Nihil Praeponere

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