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HOMILIA DE SEGUNDA-FEIRA - MEMÓRIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 13, 54-58)

Naquele tempo, dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: "De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?" E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: "Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!" E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

 

Celebrar hoje a memória de São José Operário é celebrar, com especial alegria, o mistério daquela vida escondida que o Filho de Deus feito homem quis ter em Nazaré. Ora, como ensina S. Luís Maria Grignion de Montfort, o que primeiro nos vem à mente ao contemplarmos este obediente rebaixamento de Cristo Jesus é o fato de que Ele deu mais glória a Deus em seus trinta anos de submissão silenciosa à Virgem Maria e a S. José do que em qualquer outro período de seu ministério público. Isto significa dizer, antes de tudo, que Aquele que é Senhor do céu e da terra, sem se aproveitar de sua condição divina, fez-se o menor dos servos, dando-nos assim um exemplo da mais sublime humildade; Aquele, pois, que criou o firmamento e nele fixou as estrelas assumiu a condição humana, descendo do trono de sua glória celeste para habitar num casebre de uma pobre aldeola judaica. O que porém neste dia nos deve causar ainda mais admiração é que tanto Cristo quanto sua Mãe Santíssima, elevada ao fastígio de Rainha do Céu e da Igreja, submeteram-se docilmente à paternal autoridade daquele que, no seio da Sagrada Família, sabia não estar à altura da santidade de sua Esposa e de seu Filho adotivo.

Constituído, pois, cabeça da família humana do Deus encarnado, S. José recebeu do Pai o dever sagrado — e com quanta devoção e reverência deve tê-lo cumprido! — de ensinar a trabalhar, a construir mesas e cadeiras, a aplainar tábuas etc. Àquele que é a própria Sabedoria eterna. Com o formão e o martelo em mãos, enquanto sulcava a madeira, Cristo a todo instante pensava como, por sua graça e Sacramentos, moldaria o nosso pobre e ainda mal formado coração, a fim de torná-lo a obra prima de amor e santidade que Ele tanto deseja fabricar. Recorramos hoje à intercessão de São José Operário; peçamos-lhe, com firme confiança, que nos alcance de seu humilíssimo Filho a graça de nos deixarmos trabalhar pela graça de Cristo. Roguemos-lhe, por fim, que nos ensine a nós, encomendados sempre à sua proteção, a santificar-nos no e por meio do nosso trabalho quotidiano. — Ó São José, Chefe da Sagrada Família, Modelo dos operários, rogai por nós!

in padrepauloricardo.org

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