«Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé. Esta promessa da Senhora, não quer dizer que os portugueses estão de antemão protegidos contra o mal, ou que podem fazer o que quiserem, que tudo irá sempre bem...
Embora muito parca em palavras sobre o que dizia respeito à Mensagem de Fátima e sobretudo a fazer interpretações pessoais, a Irmã Lúcia alguma vez deixou escapar esta afirmação, fruto da sua meditação: se Portugal não aprovar o aborto, está salvo; mas se o aprovar, terá muito que sofrer. Pelo pecado da pessoa, paga a pessoa que dele é responsável; mas pelo pecado da Nação, paga todo o Povo. Porque os Governantes que promulgam as leis iníquas, fazem-no em nome do Povo que os elegeu.
Hoje sobre Portugal pesam três pecados sociais que pedem reparação e conversão: o divórcio, o aborto e o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. É a grande crise moral que explica todas as outras crises. Num corpo doente de gangrena, por mais tratamentos que façam, enquanto não for erradicado o foco do mal, não terá melhoras e a morte será o seu fim. Assim acontece no tecido social: enquanto a imoralidade grassar como peste mortífera, todo o povo gemerá e terá muito que sofrer.
Mas a promessa cumprir-se-á, porque ficará sempre um resto pobre e humilde (Is.10,18-22), que será como um fermento na massa (Lc.13,20-21). A vitória sobre o mal é sempre e só de Deus e Ele não triunfa pelo poder, mas sempre co os pequenos e pobres. E fará brotar lírios nevados no meio do pântano.
in Um caminho sob o olhar de Maria
Biografia da irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado,
escrita pelo Carmelo de Coimbra
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