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HOMILIA DE SEGUNDA-FEIRA DA 12.ª SEMANA DO TEMPO COMUM - PODEMOS JULGAR O IRMÃO?


Ao dizer no Sermão da Montanha: "Não julgueis", Cristo não nos está a proibir de reconhecer os pecados do próximo, pois foi Ele mesmo que, por palavras e exemplos, nos mandou corrigir os que erram e mostrar o caminho aos desviados. O que o Senhor quer de nós, na verdade, é que sejamos não apenas justos, mas ainda compassivos em nossos julgamentos, sempre conscientes de que, se a Deus clamamos por justiça e vingança, seremos nós, pecadores como os outros, os primeiros a ser cobrados.

Assista à homilia de hoje, dia 26 de junho, e aprofunde-se nos tesouros do Evangelho!

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 7, 1-5)

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados. Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido.

Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como poderás dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, enquanto a trave está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».

 

O Evangelho que a Igreja proclama nesta segunda-feira gira em torno do julgamento: "Não julgueis", proclama Nosso Senhor, "e não sereis julgados", e dá em seguida a razão dessa proibição: "Pois vós sereis medidos com a mesma medida com que medirdes". Situado no contexto do Sermão da Montanha, o que Jesus hoje nos diz aponta para um caminho de santidade que não é, obviamente, incompatível com os juízos retos e justos que todo homem, inteligente por natureza, é capaz de formular a respeito do mundo e das pessoas. O "não julgueis" a que Ele se refere consiste em não condenar os outros com uma medida demasiado severa, implacável, inclemente, cujo peso nem nós mesmos suportaríamos. Temos, é claro, de ser intransigentes em relação aos princípios morais e defender com franqueza o que a Igreja ensina acerca dos bons e maus costumes; o que, porém, devemos banir de nossa conduta é a tendência a sentenciar a tudo e a todos, como se nunca houvéramos pecado nem merecido, de nossa parte, a justiça que pedimos seja feita sobre os demais (cf. Lc 9, 51-56). Não se trata, portanto, nem de ser ingenuamente compassivo e misericordioso — sob o pretexto de que tudo se deve tolerar — nem de fechar os olhos aos pecados alheios e eximir-se do grave dever de corrigir e aconselhar os que erram. Que o nosso coração seja como o de Cristo, reto nos seus julgamentos, mas tardo para condenar os malvados; compreensível na sua paciência, mas pronto para reconduzir os desviados. Roguemos, pois, à Virgem Santíssima que nos dê a graça de sempre nos lembrarmos de que, se a Deus pedimos justiça e vingança, seremos nós os primeiros a ser cobrados.

In padrepauloricardo.org

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