Embora não seja mais uma das celebrações litúrgicas oficiais, a festa do Coração Eucarístico de Jesus, instituída há quase um século pelo Papa Bento XV, deve ainda hoje levar-nos a meditar neste amor imenso, um desafio para todo o conhecimento humano, que levou o Filho de Deus encarnado a instituir o sacramento da Santíssima Eucaristia, em que Ele se dá a nós por inteiro como alimento e refeição espiritual.
Assista à homilia desta quinta-feira, dia 29 de junho, e peçamos juntos que o Senhor nos conceda amar ardentemente o seu Sacratíssimo Coração e receber mais dignamente o dom sublime de seu Corpo e Sangue eucarísticos.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 7, 21-29)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!" Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.
No dia 9 de novembro de 1921, foi instituída pela autoridade apostólica do então Pontífice, Papa Bento XV, a festa do Coração Eucarístico de Jesus, que deveria ser celebrada na quinta-feira dentro da hoje abolida Oitava do Sagrado Coração. O objeto dessa festa, cuja celebração não é mais obrigatória, era promover entre os fiéis a devoção ao Coração Sacratíssimo de Nosso Senhor, que, com transportes indizíveis de amor para com os homens, instituiu na noite em que ia ser entregue o sacramento da Santíssima Eucaristia. Ela tem, portanto, o salutar efeito de estimular em nós, a um só tempo, uma terna devoção ao Coração de Jesus, traspassado pelos nossos pecados, e ao santíssimo sacramento do seu divino amor, tão indignamente tratado em nossos dias. É, noutras palavras, mais um convite que a Igreja faz a seus filhos para medtiar qual seja a largura, o comprimento, a altura, a profundidade da caridade do Senhor, cuja bondade desafia todo o conhecimento (cf. Ef 3, 19). Como outros discípulos amados, reclinemos a cabeça sobre o peito de Nosso Senhor ao recebermos o seu Corpo e Sangue eucarísticos. Nestes momentos de íntima amizade com o Cristo, nosso alimento e refeição espiritual, peçamos-lhe que nos conceda amar com mais ardor o seu Coração Sacratíssimo, fornalha de caridade, e receber dignamente o dom sublime da Eucaristia. — Coração Eucarístico de Jesus, dai-nos o amor com que quereis que vos amemos!
In padrepauloricardo.org