É o que está escrito nas portas dos Mosteiros Beneditinos.
Formaram os mosteiros, homens que queriam descobrir o que realmente era importante na vida. Oração em excesso pode levar à preguiça. Muito trabalho leva à cobiça. “Nem demais o céu, nem demais a terra” dizia São Paulo.
No silêncio da oração o monge pensa no seu trabalho, porque em todo trabalho está a beleza em fazer bem feito. Deus não está nas coisas mal feitas.
Algumas vezes precisamos parar tudo para orar, mas também podemos rezar enquanto trabalhamos, nos afazeres em casa ou no escritório ou pedindo auxilio ao Espírito Santo mentalmente antes de uma reunião.
Existe uma errada ideia de que se orarmos e entregarmos a Deus o que estamos a pedir, então podemos cruzar os braços.
A soberania de Deus não anula a responsabilidade humana! Com isto em mente, pergunto: se você não estiver disposto a esforçar-se por aquilo que pede, como pode esperar que Deus o faça?
Como é que quer que o Senhor o abençoe se você for irresponsável, agindo com negligência nos teus afazeres ou com omissão nos teus deveres? Como é possível rezar por boas notas, ou aprovação num teste, se não se dedica a estudar? Não é proveitoso para o seu crescimento rezar e confiar que Deus o pode abençoar, se não se quer comprometer. O que é da sua responsabilidade, Ele não irá realizar!
O milagre dá-se em duas vias: uma é a de Deus e a outra, a sua.
Santo Inácio de Loyola, jesuíta, dizia: "Ore como se tudo dependesse de Deus e trabalhe se como tudo dependesse de si". Tanto São Bento quanto Santo Inácio são fundadores de ordens religiosas e tiveram que trabalhar e rezar muito. O fruto do trabalho da oração de ambos vemos ainda hoje nos jesuítas e nos monges beneditinos. O seu trabalho também renderá frutos se se consagrar ao Senhor e trabalhar muito.
Guilherme Todescatto