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SER LIVRE OU PARECER LIVRE



"A palavra 'liberdade' permanece, mas o seu sentido profundo já não existe. Ela tornou-se uma concha vazia. Os homens confundem a liberdade com a libertinagem. Não será a liberdade filha da verdade, que a leva a fazer o bem e a procurar o belo? Ou será que não passa de um meio para conseguir o que é agradável? A liberdade ocidental é um teatro de sombras.


A verdadeira liberdade é uma conquista, uma luta concreta que exige ultrapassagem de si próprio, disciplina e esforço. Ela exige, antes de mais, um domínio de si próprio e um discernimento das próprias fraquezas e qualidades. A liberdade é uma chama que ilumina. E o contrário de um sentimento cego que nos conduz para as nossas paixões e os nossos abismos.


Só aqueles que conheceram a perda da liberdade podem compreender o seu verdadeiro sentido. Eles conhecem a sua profundidade.


Actualmente, a liberdade é um slogan publicitário. Compra-se e vende-se ao sabor das flutuações da bolsa. Temo que as maiorias parlamentares ocidentais sejam fabricadas simplesmente com dinheiro, condimentos retóricos, teatros mediáticos, sistemas eleitorais protegidos, cortes de círculos eleitorais e mil e uma pressões ou subterfúgios diversos. A cultura ocidental, que devia levar a liberdade ao mundo, já não conhece o seu sentido.


A Igreja deve falar de Cristo libertador. Ele vem quebrar as correntes do mal e do pecado. Deus dá a liberdade. Se a Igreja deixa de ensinar a liberdade querida por Deus, falha gravemente na sua missão. O homem não é naturalmente bom. O pecado original existe. A liberdade passa pela libertação do pecado. Só Deus pode ajudar- nos. A Igreja deve repetir incessantemente esta verdade."


Cardeal Robert Sarah

in "A noite vai caindo e o dia já está no ocaso"


 

" Robert Sarah não é apenas mais um cardeal da cúria romana, é sobretudo um valoroso confessor da fé. A sua biografia é uma impressionante história de resistência, no contexto de uma Igreja perseguida, como foi a da Guiné-Conacri, ao tempo do regime marxista de Sékou Touré, o ditador que não só confiscou e nacionalizou todas as escolas, obras sociais e imóveis da Igreja como também, no Campo Boiro, mandou torturar e matar inúmeros prisioneiros políticos: quando um golpe de Estado militar pôs termo à ditadura marxista, eram mais de dois mil os prisioneiros políticos aí detidos."



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