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BAPTISMO (III) - ACERCA DA VALIDEZ DO BAPTISMO NAS CONFISSÕES CRISTÃS NÃO CATÓLICAS


Nem todas as confissões que se denominam a si mesmas como “cristãs” o são. São confissões cristãs as que: Creem que Deus é Uno e Trino, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo.

Bem como, aceitam a Jesus Cristo como a segunda pessoa da Trindade e como Deus e homem verdadeiro, que morreu e ressuscitou por nossa salvação tal como aparece expresso na Bíblia.

Os orientais separados da Igreja Romana, ortodoxos, nestorianos, coptos, etc., têm a mesma doutrina sobre o Baptismo que a Igreja católica, e praticam também o Batpismo das crianças. Características peculiares do Baptismo entre os orientais são: usar a fórmula deprecativa em lugar da indicativa; administrar o Baptismo por imersão: administrar ao mesmo tempo os três sacramentos da iniciação cristã: Baptismo, Confirmação e Eucaristia.

Quanto aos protestantes, falando em termos gerais, quase todas as confissões admitem o Baptismo como verdadeiro Scramento instituído por Jesus Cristo, ainda que no curso da história lhe têm desvirtuado de tal modo sua natureza, que em algumas nada resta do verdadeiro Baptismo.

– O anglicanismo reconhece em seu livro litúrgico oficial, o Prayer book, toda a doutrina tradicional e ortodoxa sobre o Baptismo. Nos 39 artigos, por influência presbiteriana, se borram um pouco esses traços, até o ponto de que no séc. XVIII é considerado como um rito sem importância. Desde 1835, graças ao movimento de Oxford, o Baptismo recobra sua importância na Igreja anglicana.

– O luteranismo e a Igreja evangélica conservam a princípio, em seus textos litúrgicos, as ideias fundamentais sobre o Baptismo cristão; mas desde o séc. XVIII há uma reacção contra o dogmatismo luterano, e o Sacramento é relegado à categoria de signo cuja função é excitar a fé. Socino e o socinianismo deixam a liberdade de administrar ou não o Baptismo, porque consideram que só foi instituído para os primeiros tempos do cristianismo; além disso, negam que as crianças possam recebê-lo, porque não são capazes de fazer uma profissão de fé.

– Os puritanos ingleses, na Confissão de fé de Westminster de 1647, inspiram-se nas doutrinas de Calvino; esta mesma confissão é aceite pelos presbiterianos escoceses. Os congregacionalistas, o metodismo e outras seitas dissidentes da Inglaterra e Gales têm exigido para a validez do Baptismo que fosse administrado por um ministro sagrado, mas em não poucas ocasiões o consideram como um rito sem importância, chegando inclusive a variar a fórmula.

– Os baptistas só o administram aos adultos, negando sua validez nas crianças.

– Os quakers reconhecem somente o “Baptismo do Espírito”, fundados em uma má interpretação de um texto do evangelho de S. Mateus; o Batpismo de água seria só uma figura desse “Baptismo do Espírito”; a fé em Cristo e a santidade de vida, dizem, expressa esse Baptismo com mais plenitude que uma ablução exterior com água.

A Igreja considera válidos os Baptismos dos não católicos se tiverem os requisitos essenciais. Em 20 de novembro de 1878, respondendo à pergunta de “se todos os hereges que se convertem devem ser rebatizados sob condição”, o Santo Ofício respondeu assim:

“Na conversão dos hereges, de qualquer lugar ou de qualquer seita que venham, há que inquirir sobre a validez do Baptismo recebido na heresia. Tido, pois, em cada caso o exame, se se averiguar que não se conferiu Baptismo, ou foi conferido nulamente, têm de baptizar-se de modo absoluto. Mas se, praticada a investigação conforme ao tempo e à razão dos lugares, nada se descobre em prol ou contra da validez, ou resta ainda dúvida provável sobre a validez do Baptismo, então baptize-se privadamente sob condição. Finalmente, se constar que o Baptismo foi válido, têm de ser só recebidos à abjuração ou profissão de fé” (DS 3128).

Modo de atuar da Igreja nos casos concretos:

– Baptismo sub conditione só quando há dúvida consistente ou positiva sobre a validez do Baptismo anteriormente administrado. Não obstante, a Santa Sé tem dado umas normas de actuação no caso de que o converso proceda de determinadas confissões protestantes.

A maioria dessas regras são concreções do princípio geral exposto mais acima.

– Somente em dois casos manda a Igreja rebaptizar de modo solene: se o novo fiel pertencia à seita unitária, entre os que se corrompeu a fórmula ou há outros defeitos essenciais, e no caso de proceder da confissão quaker, que não administra o Baptismo. – Pelo contrário, quando o converso militou na confissão anglicana, não é preciso geralmente rebaptizá-lo, basta receber sua abjuração e ministrar-lhe a absolvição de suas censuras e pecados. – Diga-se o mesmo no caso de volta à comunhão de cristãos ortodoxos. – Nos demais casos, se costuma rebatizar sub conditione e logo se administra o sacramento da Penitência.

Sobre a validez do Baptismo nas confissões de fé mais comuns

Considera-se válido o Baptismo das Igrejas que, em seu ritual utilizam água e a fórmula Trinitária, seja por imersão, seja por infusão.

Apresentamos agora uma lista que é meramente indicativa

Tenha-se como válido o Batismo das Igrejas Ortodoxas:

* Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. * Patriarcado de Alexandria. * Patriarcado de Antioquia. * Patriarcado de Jerusalém. * Patriarcado de Moscou. * Patriarcado de Belgrado. * Patriarcado de Bucareste. * Patriarcado de Sofia. * Igrejas Auto-céfalas de Chipre, Grécia, Polônia e Albânia.

Rconhece -se como válido (se não há uma causa grave para duvidar de seu Baptismo), o celebrado nas chamadas Igrejas Históricas do Séc. XVI:

* Comunhão Anglicana. * Episcopalianos. * Presbiterianos. * Luteranos. * Calvinistas. * Metodistas.

Considera -se inválido o Batismo das seitas:

* Testemunhas de Jehová. * Mórmons. * Evangélicos. * Cruzada Evangelista Mundial. * Igreja Aliança Cristã e Missionária. * Igreja Cristã unida. * Igreja Evangélica dos Peregrinos. * Igreja Evangélica Missionária.

Considera-se inválido o Batismo dos Pentecostais:

* Igrejas Pentecostais. * Assembleias de Deus. * Igrejas de Deus. * Igreja Batista do sétimo dia. * Igreja Cristã Bethel. * Igreja Cristã Interdenominacional. * Igreja Cristã Nacional das Assembleias de Deus. * Igreja de Deus Pentecostal. * Igreja do Evangelho Quadrangular. * Igrejas Evangélicas Independentes. * Movimento de Igrejas Evangélicas. * União de Igrejas Evangélicas Independentes. * A Santa Igreja de Deus da Inundação Apostólica. * Igreja Internacional do Evangelho Inquebrantável. * Grupo Evangélico Gedeão. * Conselho Latinoamericano de Igrejas Cristãs. * Igreja Apostólica da fé em Jesus Cristo. * Igreja Cristã das Assembleias de Deus. * Igreja de Deus da Profecia. * Igreja de Deus em Cristo pelo Espírito Santo. * Igreja de Deus Pentecostal. * Igreja de Deus (Evangelho Completo). * Igreja do Bom Pastor. * Igreja Luz do Mundo. * Igrejas Evangélicas Independentes. * Movimentos de Igrejas Evangélicas Independentes. * Cruzada Evangelística Mundial. * Igreja Aliança Cristã e Missionária. * Igreja Evangélica dos peregrinos. * Igreja Livre Metodista Evangélica. * Empresa Apostólica dos Intérpretes. * Da Vontade de Deus (EAINVOD).

Considera-se inválido o Batismo dos adventistas:

* Igreja Adventista do Sétimo Dia (Sabatistas). * Igreja de Deus do Sétimo Dia. * Quakers. * Exército de Salvação. * Luz do Mundo.

Considera -se inválido o Batismo de outras seitas:

* Espiritistas. * Espiritualistas. * Rosacruzes. * Teósofos. * Igreja Gnóstica.

Considera-se inválido o Batismo dos Batistas (deram origem a grupos considerados como pentecostais):

* Assembleias de Deus.

Esta lista é meramente indicativa. Ante qualquer dúvida, o melhor é pôr-se em contato com a diocese própria de cada um e perguntar ao vigário encarregado da secção de sacramentos.

Dado que está em jogo a validez do sacramento do Baptismo, e como consequência, a salvação de uma pessoa, estar seguros neste ponto concreto é muito importante.

Padre Lucas Prados

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