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O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

  • Foto do escritor:  Apostolado da Oração
    Apostolado da Oração
  • 11 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

O coração da fé católica é o dogma da Santíssima Trindade. Diz o Catecismo que é "o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. É, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na 'hierarquia das verdades da fé'."(234) É também um dogma de difícil compreensão.

A palavra dogma quer dizer simplesmente 'ensinamento'. Ao longo da história essa palavra foi adquirindo um significado técnico, ou seja, um ensinamento dogmático é uma realidade que o católico é obrigado a acolher. Dentro da Igreja Católica existe um núcleo da fé que todos são obrigados a aceitar, caso contrário, não podem ser considerados católicos. O dogma da Santíssima Trindade faz parte desse núcleo.

Para nos ajudar a compreender melhor este Mistério, o Catecismo da Igreja Católica faz referência ao Símbolo Pseudo-atanasiano, que é uma forma bastante didática de se falar sobre a Santíssima Trindade. diz Ele :

"Todo o que quiser ser salvo, antes de tudo é necessário que se mantenha a fé católica. Se alguém não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida, perecerá para sempre. A fé católica é que veneremos um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas e nem separando as substâncias, pois uma é a pessoa do Pai, outra é a pessoa do Filho, outra a pessoa do Espírito Santo, mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo igual a glória coeterna e majestade. Qual o Pai, tal o Filho e tal o Espírito Santo, incriado o Pai, incriado o Filho e incriado o Espírito Santo, incomensurável o Pai, incomensurável o Filho e incomensurável o Espírito Santo, eterno o Pai, eterno o Filho e eterno o Espírito Santo e, no entanto, não três eternos, mas um eterno, como também não três incriados e não três incomensuráveis, mas um só criado e um só incomensurável. Semelhantemente, onipotente o Pai, onipotente o Filho e onipotente o Espírito Santo e, no entanto, não três onipotentes, mas um só onipotente. Assim, Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo e, no entanto, não três deuses, mas um só Deus. Assim, Senhor o Pai, Senhor o Filho e Senhor o Espírito Santo e, no entanto, não são três senhores, mas um só Senhor, pois como somos obrigados pela fé cristã a professar cada pessoa em sua singularidade como Deus e Senhor, assim a religião católica nos proíbe falar de três deuses ou senhores. O Pai não foi feito por ninguém, nem criado nem gerado. O Filho é só pelo Pai, nem feito nem criado, mas gerado. O Espírito Santo é do Pai e do Filho, nem feito nem criado nem gerado, mas procedente, portanto, um só Pai, não três Pais, um só Filho, não três Filhos e um só Espírito Santo, não três Espíritos Santos. Nessa Trindade nada é antes ou depois, nada é maior ou menor, mas todas as três pessoas são entre si coeternas e coiguais, de modo que em tudo, como já foi dito acima, deve ser venerada a unidade da Trindade e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser ser salvo, pense assim a respeito da Trindade. Mas, é necessário para a salvação eterna que também creia firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo..." (DH 75)

É certo que o mistério da Trindade é incompreensível à mente humana, mas não a capacidade de professar. Este é o caminho da fé para quem quiser ser salvo.

Adaptado de "A Santíssima Trindade na Doutrina da Fé" in padrepauloricardo.org

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