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PARA ONDE VÃO OS BEBÉS ABORTADOS?


O destino das almas das crianças que foram abortadas é uma incógnita para muitos. Mulheres que no passado cometeram esse pecado, hoje reconciliadas com Deus, querem saber: para onde foram os seus bebés?

O aborto para os cristãos é um assassinato e jamais pode ser apontado como solução para o quer que seja. Muito se tem debatido sobre ele actualmente. Contudo, uma pergunta que quase nunca é formulada, mas cuja resposta é bastante importante é a seguinte: para onde vão as almas dos bebés abortados? É o Catecismo da Igreja Católica que responde dizendo:

"Quanto às crianças mortas sem Baptismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito a grande misericórdia de Deus que quer que todos os homens se salvem, e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levou a dizer: "Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais", nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Baptismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Baptismo." (1261)

Do ponto de vista teológico, enquanto Igreja, é preciso que se confie na misericórdia divina, uma vez que existe uma obrigação em se baptizar as crianças. Deus deu aos homens o caminho dos sacramentos, porém, é evidente que Ele mesmo não está obrigado a eles, pode ter outros caminhos, afinal, é Deus.

O que é certo, segundo o Catecismo, é que Deus deseja (quer) a salvação de todos os homens, esta é a realidade do coração Dele. As crianças abortadas não têm culpa. É por isso que devem ser confiadas à misericórdia divina.

Não é possível aplicar a essas crianças o mesmo princípio do baptismo de desejo, pois para que se configure esta realidade é necessário que o próprio sujeito tenha o desejo de ser baptizado. Esse querer pode ser manifestado de maneira explícita, como é o caso do catecúmeno ou implícita, quando a pessoa padece de ignorância invencível. Nenhum dos casos se aplica às crianças abortadas.

As mães que abortaram seus filhos podem tomar algumas medidas práticas. A primeira é reconciliar-se com Deus, por meio do sacramento da confissão. Segunda, deve se reconciliar com as crianças que foram abortadas. Pode ser difícil porque existe realmente uma grave acusação, mas devem lembrar-se do que diz a I Carta de João, capítulo 3, versículo 20: "se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas."

A confiança na grandeza do coração de Deus faz com o coração dessa mãe se una

ao coração de Deus, pois, de igual modo deseja hoje coisas boas para o filho que foi assassinado no passado. É o que se vê em Mateus, 7, 11: "se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus."

Além disso, outras medidas podem ser tomadas. Dar um nome à criança, pois ela é uma pessoa de facto, e a sua alma está diante de Deus. Entregá-la à Virgem Santíssima, pois ela é a mãe que essa criança pode ter. Por fim, reparar o pecado com a penitência e com o zelo em baptizar as crianças que estejam em perigo de morte.

Utilizando-se de discrição, didáctica e diplomacia, as mulheres podem ir aos poucos conhecendo as maternidades, os hospitais, as UTIs neonatais, onde existem crianças com esse risco e ensinando os profissionais desses locais a baptizarem as crianças da maneira correcta, da maneira que a Igreja ensina. É um apostolado, um modo de a caridade ser expressada também em actos.

Assim, conforme o Catecismo ensina sobre a premência do apelo da Igreja em baptizar as crianças, cada um é responsável em baptizar ou propiciar para que sejam baptizadas as crianças em iminente perigo de morte ou que, já nascidas, devem ser entregues à misericórdia de Deus que é Pai e quer que todos sejam salvos.

In padrepauloricardo.com

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